O primeiro e principal obstáculo era o preço. O livro custava caro. Esse custo vinha, antes de mais nada, do preço da base. Um livro precisava de grande quantidade de pergaminho (de acordo com o formato do livro, obtinha-se de dez a dezesseis folhas por pele). A difusão do papel chiffon, ocorrida na Espanha desde o século XII, na França no XIII, permitiu baixar o preço. Mas é somente no século XIV e, no XV que o uso do papel se difundiu largamente no domínio do livro manuscrito. Com igual superfície, calculando-se a partir de documentos franceses, o papel podia tornar-se cinco vezes mais barato que o pergaminho no século XIV e até treze vezes mais barato no século XV, graças à melhoria das técnicas de papelaria e à multiplicação das oficinas de papel. Mas em outros lugares, especialmente na Alemanha, a diferença foi, sem dúvida, menor.
De qualquer modo, o ganho sobre o preço total do livro permanecia relativamente limitado, na ordem de 10 a 20% somente em relação às obras em pergaminho. A relativa modéstia desse ganho permitiu a esse tipo de livro guardar uma posição suficientemente sólida, visto que muitos letrados parecem ter tido um preconceito desfavorável contra o livro de papel, julgado, ao mesmo tempo, menos nobre e menos sólido, sobretudo para os textos importantes e para obras pelas quais o dono se apegava, desejando transmiti-las aos descendentes.
Fonte: http://escritoriodolivro.com.br/historias/idademedia.html
Fábio de Carvalho Rabello 7ºB

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