As primeiras
manifestações históricas da literatura portuguesa (entende-se literatura como a
arte ou ofício de escrever de forma artística) verificáveis vêm de composições
poéticas datadas do séculos XII. São em verso os mais antigos textos de caráter
literário escritos em português. Acontece na literatura portuguesa o que,
aliás, se verifica em quase todas as literaturas antigas e modernas: a poesia
toma a dianteira e, muito antes da prosa, alcança as condições de mais completa
maturidade literária.
Foi a
poesia trovadoresca, na fala galaico-portuguesa que, por mais de um século, se
fez ouvir em Portugal, que encontrou na escrita o apropriado meio de registo da
arte lírica cantada por trovadores (poetas) e segréis (instrumentistas), e que
deu inicio à expressão literária da língua portuguesa.
Esta poesia
trovadoresca apresenta quatro modalidades, singularmente caracterizadas: uma, a
mais antiga, a cantiga de amigo, que brotou na orla noroeste da Península, é de
vincada feição popular; outra, originária da Provença (Sul da França), a
chamada cantiga de amor, é tecnicamente mais complexa e mais culta. Ao lado
destas composições, estão ainda as cantigas de escárnio e maldizer que,
exprimem uma outra faceta da vida medieval, bastante mais realista e vulgar.
TROVADORISMO
Os
trovadores eram aqueles que compunham as poesias e as melodias que as
acompanhavam. A designação “trovador” aplicava-se aos autores de origem nobre,
sendo que os autores de origem plebéia tinham o nome de jogral, termo que
designava igualmente o seu estatuto de profissional (em contraste com o
trovador). Ainda que seja coerente a afirmação de que quem tocava e cantava as
poesias eram os jograis, é muito possível que a maioria dos trovadores
interpretasse igualmente as suas próprias composições.
Trovador e Jogral do reinado
de D. Afonso IV
É através dos trovadores que
se inicia o movimento literário da língua portuguesa. As suas cantigas,
primeiramente destinadas ao canto, foram depois manuscritas em cadernos de
apontamentos, que mais tarde foram postas em coletâneas de canções chamadas Cancioneiros
(livros que reuniam grande número de trovas).
Exemplo:
De dois rios que se atravessam
Seguindo em direcções diferentes
A caminho do mesmo espanto
Cada vez mais distantes
As idades iniciais
Médias
Finais
São tão diferentes disso
Que as acho iguais.
Ana Luiza U. Mayer 7 ano B
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