quinta-feira, 5 de junho de 2014

Poemas

As primeiras manifestações históricas da literatura portuguesa (entende-se literatura como a arte ou ofício de escrever de forma artística) verificáveis vêm de composições poéticas datadas do séculos XII. São em verso os mais antigos textos de caráter literário escritos em português. Acontece na literatura portuguesa o que, aliás, se verifica em quase todas as literaturas antigas e modernas: a poesia toma a dianteira e, muito antes da prosa, alcança as condições de mais completa maturidade literária.
Foi a poesia trovadoresca, na fala galaico-portuguesa que, por mais de um século, se fez ouvir em Portugal, que encontrou na escrita o apropriado meio de registo da arte lírica cantada por trovadores (poetas) e segréis (instrumentistas), e que deu inicio à expressão literária da língua portuguesa.
Esta poesia trovadoresca apresenta quatro modalidades, singularmente caracterizadas: uma, a mais antiga, a cantiga de amigo, que brotou na orla noroeste da Península, é de vincada feição popular; outra, originária da Provença (Sul da França), a chamada cantiga de amor, é tecnicamente mais complexa e mais culta. Ao lado destas composições, estão ainda as cantigas de escárnio e maldizer que, exprimem uma outra faceta da vida medieval, bastante mais realista e vulgar.

TROVADORISMO
Os trovadores eram aqueles que compunham as poesias e as melodias que as acompanhavam. A designação “trovador” aplicava-se aos autores de origem nobre, sendo que os autores de origem plebéia tinham o nome de jogral, termo que designava igualmente o seu estatuto de profissional (em contraste com o trovador). Ainda que seja coerente a afirmação de que quem tocava e cantava as poesias eram os jograis, é muito possível que a maioria dos trovadores interpretasse igualmente as suas próprias composições.
Trovador e Jogral do reinado de D. Afonso IV
É através dos trovadores que se inicia o movimento literário da língua portuguesa. As suas cantigas, primeiramente destinadas ao canto, foram depois manuscritas em cadernos de apontamentos, que mais tarde foram postas em coletâneas de canções chamadas Cancioneiros (livros que reuniam grande número de trovas).

Exemplo:
 A idade e o tempo deitam-se na mesma água
E acordam longe de tudo o que faz o encanto
De dois rios que se atravessam
Seguindo em direcções diferentes
A caminho do mesmo espanto
Cada vez mais distantes
As idades iniciais
Médias
Finais
São tão diferentes disso
Que as acho iguais.



Ana Luiza U. Mayer 7 ano B

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